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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Conhecimento do Universo em expansão

Imagem completa do céu
Imagem completa do céu pelo telescópio Planck
Enquanto foi lançado um catálogo que permite caracterizar melhor o Universo, a maior imagem digital a cores do céu foi publicada ontem por uma equipa de astrónomos. O mapa é o conjunto de sete milhões de imagens tiradas desde 1998 que reúnem um terapixel de informação.

O projecto, que realiza como um scanner do universo, deve ajudar a entender como as estrelas e galáxias se formaram após o Big-bang.
Na imagem, vemos o disco principal da nossa galáxia, a Via Láctea, correndo através do centro. Ao seu lado, acima e abaixo, estão os discos de poeira fria, regiões nas quais novas estrelas se formam.
O pontilhado na parte superior e inferior, no entanto, é uma das partes mais intrigantes. Eles mostram as chamadas Microondas Cósmicas de Radiação de Fundo (cosmic microwave background radiation - CMBR). Esta é a luz mais antiga do Universo, os vestígios da grande explosão que deu origem a tudo à cerca de 13,7 bilhões de anos.
Antes do final da missão, em 2012, o Planck terá realizado quatro scanners completos do céu.

A maior imagem digital do céu
Imagem digital de um terço do céu
Entretanto imagens tiradas pelo telescópio que está no observatório Apache Point Observatory, que fica no Novo México, nos Estados Unidos foram publicadas ontem. O observatório começou a tirar as fotografias em 1998 com a mais potente câmara digital da altura que tinha 138 megapixel. O resultado foi a cobertura de um terço do céu.
O telescópio tira as fotografias em bandas, de modo que em cada noite faz uma longa banda no céu.


“É por isso que existem dois grandes pedaços que estão todos preenchidos e depois existem outras bandas que saem desses pedaços”, explicou o astrónomo. Estas bandas preenchem uma pequena percentagem das regiões que não foram fotografadas.


Quando se olha para o conjunto total das imagens vê-se uma amálgama indecifrável dos milhões e milhões de objectos. Seria necessário 500 mil televisões de alta definição, todas juntas, para se ter uma imagem completa e detalhada de tudo. Muitos objectos já foram descobertos, mas os astrónomos, ao tornarem as imagens públicas, esperam que muitos mais objectos venham a ser estudados.
Isto é um dos maiores dádivas na história da ciência”, disse em comunicado Mike Blanton. Segundo o cientista, esta informação será um legado durante décadas, tal qual o Palomar Sky Survey, publicado em 1958 – o mais completo mapa fotográfico do céu feito até então que ainda hoje é uma referência.


Informação adicional: Jornal Público




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