Fonte: Susana Gasalho Photography |
dois pontos . parágrafo . travessão
Actualização científica num mundo em permanente rotação.
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terça-feira, 20 de março de 2012
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Geógrafo Orlando Ribeiro nasceu há 100 anos
Pensador e humanista português, fundador do Centro de Estudos Geográficos, deixou uma obra vasta.
Geógrafo, fotógrafo, viajante, pensador e humanista, Orlando Ribeiro (1911-1997) foi uma figura fundamental da cultura portuguesa do século XX. Se estivesse vivo, cumpriria hoje 100 anos de idade. Cientista de um rigor irrepreensível, aliava o seu poder de síntese baseado numa consciente interdisciplinaridade a uma força literária invulgar.
Renovador do estudo da Geografia em Portugal, foi fundador, em 1943 do Centro de Estudos Geográficos (CEG) de Lisboa. Esteve ligado durante mais de trinta anos à Universidade de Lisboa, onde se jubilou em 1981. Deixou uma obra vasta. À CEG legou os seus estudos e a sua biblioteca pessoal, cujo catálogo já se encontra totalmente disponível online. O seu espólio está actualmente integrado Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.
Renovador do estudo da Geografia em Portugal, foi fundador, em 1943 do Centro de Estudos Geográficos (CEG) de Lisboa. Esteve ligado durante mais de trinta anos à Universidade de Lisboa, onde se jubilou em 1981. Deixou uma obra vasta. À CEG legou os seus estudos e a sua biblioteca pessoal, cujo catálogo já se encontra totalmente disponível online. O seu espólio está actualmente integrado Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.
Em 1945, Orlando Ribeiro escreveu o livro que é considerado pelo sociólogo António Barreto “uma verdadeira pérola da cultura portuguesa”. No documentário produzido para celebrar o seu centenário, da autoria de Manuel Gomes e António Saraiva - «Orlando Ribeiro, Itinerâncias de um Geógrafo» - o sociólogo diz que «Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico» é “um dos melhores livros de todo o século XX e um dos grandes livros da literatura portuguesa, científica ou não. Maravilhosamente bem escrito”, tem “precisão, rigor e modéstia académica e universitária”. Para o sociólogo, esta obra devia ser sempre lida nas escolas.
O livro, “o primeiro ensaio de síntese na destrinça de influências e relações que se entrelaçam na terra de Portugal”, como o próprio autor o definiu, fala de um Portugal diversificado, descrevendo-se a sua geografia e relacionando-a com as pessoas que a habitam. O seu talento literário pode distinguir-se em passagens como esta, sobre a Beira Baixa: “O contraste é impressionante entre as serrarias que, pelo norte, barram o horizonte próximo e o planalto a que se não vê o fim: sobre ele, as manchas de verdura vão se tornando cada vez mais desbotadas, indecisas e distantes. Na verdade, é o Alentejo que se anuncia”.
“Nestes lugares, densos de secular presença humana, não pode separar-se, no aspecto das paisagens, o que provém das condições naturais ou o do esforço das gerações. Tudo aparece harmoniosamente combinado, num logo ajustamento do homem ao torrão” .
Por esta altura, Orlando Ribeiro era já um investigador reconhecido internacionalmente e em 1949 organizou XVI Congresso Internacional de Geografia, o primeiro depois da segunda guerra Mundial. No final, foi nomeado vice-presidente da União Geográfica Internacional (UGI).
O seu prestígio era também notório em Portugal. Quando em 1951 começou a erupção vulcânica na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, o investigador foi lá, registar o acontecimento. Os habitantes da Ilha acreditavam que ele ia “tapar o vulcão”. Apesar da tarefa impossível, a sua presença parece ter apaziguado os receios da população. E a elevação que nasceu dessa erupção chama-se ainda hoje Monte Orlando.
Em 1957 e 58, com grande cobertura mediática (para a época), observou e registou a erupção vulcânica dos Capelinhos, no Faial, explicando-a através da Radiotelevisão Portuguesa.
Até Fevereiro do próximo ano, o CEG, juntamente com outras entidades portuguesas e estrangeiras assinala o centenário com diversas iniciativas. O programa pode ser consultado aqui. De referir ainda que o documentário já referido pode ser visto online na página da RTP.
O livro, “o primeiro ensaio de síntese na destrinça de influências e relações que se entrelaçam na terra de Portugal”, como o próprio autor o definiu, fala de um Portugal diversificado, descrevendo-se a sua geografia e relacionando-a com as pessoas que a habitam. O seu talento literário pode distinguir-se em passagens como esta, sobre a Beira Baixa: “O contraste é impressionante entre as serrarias que, pelo norte, barram o horizonte próximo e o planalto a que se não vê o fim: sobre ele, as manchas de verdura vão se tornando cada vez mais desbotadas, indecisas e distantes. Na verdade, é o Alentejo que se anuncia”.
“Nestes lugares, densos de secular presença humana, não pode separar-se, no aspecto das paisagens, o que provém das condições naturais ou o do esforço das gerações. Tudo aparece harmoniosamente combinado, num logo ajustamento do homem ao torrão” .
Por esta altura, Orlando Ribeiro era já um investigador reconhecido internacionalmente e em 1949 organizou XVI Congresso Internacional de Geografia, o primeiro depois da segunda guerra Mundial. No final, foi nomeado vice-presidente da União Geográfica Internacional (UGI).
O seu prestígio era também notório em Portugal. Quando em 1951 começou a erupção vulcânica na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, o investigador foi lá, registar o acontecimento. Os habitantes da Ilha acreditavam que ele ia “tapar o vulcão”. Apesar da tarefa impossível, a sua presença parece ter apaziguado os receios da população. E a elevação que nasceu dessa erupção chama-se ainda hoje Monte Orlando.
Em 1957 e 58, com grande cobertura mediática (para a época), observou e registou a erupção vulcânica dos Capelinhos, no Faial, explicando-a através da Radiotelevisão Portuguesa.
Até Fevereiro do próximo ano, o CEG, juntamente com outras entidades portuguesas e estrangeiras assinala o centenário com diversas iniciativas. O programa pode ser consultado aqui. De referir ainda que o documentário já referido pode ser visto online na página da RTP.
Fonte: Ciência Hoje
sábado, 29 de janeiro de 2011
A obesidade e a esperança média de vida portuguesa
A próxima geração de portugueses vai ter uma esperança de vida inferior à da actual geração, afirmou Manuel Coelho e Silva, professor da Universidade de Coimbra, na apresentação de um estudo em Angra do Heroísmo, Açores.
“Actualmente, a longevidade situa-se entre os 78 e os 80 anos, mas vamos assistir ao longo das próximas décadas a uma regressão da longevidade da população portuguesa devido aos jovens com peso a mais, sedentarismo elevado e inaptidão cardio-respiratória”, afirmou.
Esta conclusão resulta de um estudo sobre 'Tendência secular de crescimento e bem-estar físico e psicológico na população jovem escolar da Região Autónoma dos Açores', realizado pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
O trabalho hoje apresentado, relativo a 2008, abrangeu 1.700 crianças e permitiu concluir que “31 por cento tem sobrecarga ponderal (obesidade) e, entre estes, dois em cada três jovens associa o sedentarismo e a inaptidão cardio-respiratória”, revelou Manuel Coelho e Silva.
Na sequência destes resultados, o investigador aconselhou, tendo em conta a saúde pública, que “devem ser definidos objectivos para uma década”.
Esta conclusão resulta de um estudo sobre 'Tendência secular de crescimento e bem-estar físico e psicológico na população jovem escolar da Região Autónoma dos Açores', realizado pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
O trabalho hoje apresentado, relativo a 2008, abrangeu 1.700 crianças e permitiu concluir que “31 por cento tem sobrecarga ponderal (obesidade) e, entre estes, dois em cada três jovens associa o sedentarismo e a inaptidão cardio-respiratória”, revelou Manuel Coelho e Silva.
Na sequência destes resultados, o investigador aconselhou, tendo em conta a saúde pública, que “devem ser definidos objectivos para uma década”.
António Gomes, director regional do Desporto, defende a necessidade de “intervir junto das famílias, não só para melhorar a alimentação, mas também para se criarem hábitos de exercício físico regular", já que "os adultos podem ser modelos para os jovens”.
Fonte: Público
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Como bebem os cães água?
Afinal não é tão claro como parece. Os cães revelam uma técnica bastante curiosa para beber água. Diferente da dos gatos (já aqui apresentada), podemos agora conhecer melhor os nossos melhores amigos.
O vídeo tira-nos as dúvidas.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Conhecimento do Universo em expansão
Imagem completa do céu pelo telescópio Planck |
Enquanto foi lançado um catálogo que permite caracterizar melhor o Universo, a maior imagem digital a cores do céu foi publicada ontem por uma equipa de astrónomos. O mapa é o conjunto de sete milhões de imagens tiradas desde 1998 que reúnem um terapixel de informação.
O projecto, que realiza como um scanner do universo, deve ajudar a entender como as estrelas e galáxias se formaram após o Big-bang.
Na imagem, vemos o disco principal da nossa galáxia, a Via Láctea, correndo através do centro. Ao seu lado, acima e abaixo, estão os discos de poeira fria, regiões nas quais novas estrelas se formam.
O pontilhado na parte superior e inferior, no entanto, é uma das partes mais intrigantes. Eles mostram as chamadas Microondas Cósmicas de Radiação de Fundo (cosmic microwave background radiation - CMBR). Esta é a luz mais antiga do Universo, os vestígios da grande explosão que deu origem a tudo à cerca de 13,7 bilhões de anos.
Na imagem, vemos o disco principal da nossa galáxia, a Via Láctea, correndo através do centro. Ao seu lado, acima e abaixo, estão os discos de poeira fria, regiões nas quais novas estrelas se formam.
O pontilhado na parte superior e inferior, no entanto, é uma das partes mais intrigantes. Eles mostram as chamadas Microondas Cósmicas de Radiação de Fundo (cosmic microwave background radiation - CMBR). Esta é a luz mais antiga do Universo, os vestígios da grande explosão que deu origem a tudo à cerca de 13,7 bilhões de anos.
Antes do final da missão, em 2012, o Planck terá realizado quatro scanners completos do céu.
Imagem digital de um terço do céu |
O telescópio tira as fotografias em bandas, de modo que em cada noite faz uma longa banda no céu.
“É por isso que existem dois grandes pedaços que estão todos preenchidos e depois existem outras bandas que saem desses pedaços”, explicou o astrónomo. Estas bandas preenchem uma pequena percentagem das regiões que não foram fotografadas.
Quando se olha para o conjunto total das imagens vê-se uma amálgama indecifrável dos milhões e milhões de objectos. Seria necessário 500 mil televisões de alta definição, todas juntas, para se ter uma imagem completa e detalhada de tudo. Muitos objectos já foram descobertos, mas os astrónomos, ao tornarem as imagens públicas, esperam que muitos mais objectos venham a ser estudados.
“É por isso que existem dois grandes pedaços que estão todos preenchidos e depois existem outras bandas que saem desses pedaços”, explicou o astrónomo. Estas bandas preenchem uma pequena percentagem das regiões que não foram fotografadas.
Quando se olha para o conjunto total das imagens vê-se uma amálgama indecifrável dos milhões e milhões de objectos. Seria necessário 500 mil televisões de alta definição, todas juntas, para se ter uma imagem completa e detalhada de tudo. Muitos objectos já foram descobertos, mas os astrónomos, ao tornarem as imagens públicas, esperam que muitos mais objectos venham a ser estudados.
Isto é um dos maiores dádivas na história da ciência”, disse em comunicado Mike Blanton. Segundo o cientista, esta informação será um legado durante décadas, tal qual o Palomar Sky Survey, publicado em 1958 – o mais completo mapa fotográfico do céu feito até então que ainda hoje é uma referência.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Porque ficam os homens carecas?
Uma equipa de cientistas descobriu que nas regiões calvas existe o mesmo número de células estaminais nos folículos de cabelos que existem nas regiões normais. Mas as células progenitoras que fazem crescer estes pêlos estão em muito menor número.
Em muitos homens, as entradas começam a aparecer antes de completarem 30 anos e avançam ao longo das décadas até restar pouco mais do que um tufo no cimo da cabeça e uma área de cabelo na parte de trás. Não se sabe o porquê da calvície, mas um estudo publicado agora na revista Journal of Clinical Investigation mostra que há muitas parecenças entre as regiões sem cabelo e as regiões com cabelo.
As células progenitoras desenvolvem-se a partir das estaminais. Segundo Cotsarelis, a calvíce pode surgir devido a um problema na activação destas células, que como resultado originam a zonas do escalpe careca.
Ainda não se sabe a causa desta disfunção. “No entanto, o facto de haver um número normal de células estaminais nos escalpes carecas dá-nos esperança para a reactivação destas células estaminais”, aponta o investigador. Esta via de investigação, segundo a equipa, pode permitir o desenvolvimento de produtos para resolver a calvície.
Fonte: Público
Esperança na vacina para o cancro do pulmão
A equipa de investigadores do Centro de Imunologia Molecular de Cuba, anunciou, numa entrevista ao jornal cubano “Trabajadores”, o desenvolvimento da primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão.
Gisela González, investigadora, adiantou que a vacina, em desenvolvimento há cerca de 15 anos, se baseia numa proteína humana relacionada com a proliferação celular (no cancro, as células proliferam de forma descontrolada). Chama-se CimaVax-EFG e destina-se a ser aplicada em doentes terminais de cancro do pulmão. O objectivo é um dia tornar crónica esta doença.
“Quando o doente acaba a radioterapia ou quimioterapia e é considerado terminal, aplica-se a vacina, que ajuda a controlar o crescimento do tumor sem toxicidade associada e pode ser usada como um tratamento crónico, que aumenta a expectativa e a qualidade de vida do doente”, explicou.
Em 2008, a agência Reuters noticiou que nos Estados Unidos tinham sido aprovados ensaios clínicos à vacina, mas que, até haver autorização para a sua aplicação em tratamentos, teriam ainda de decorrer muitos anos. Nessa altura, Cuba tinha acabado de autorizar o tratamento do cancro do pulmão com a vacina, que, ainda segundo a Reuters, permitia aos doentes de cancro do pulmão viver em média mais quatro a cinco meses por comparação com aqueles que eram tratados apenas com as terapias convencionais.
Em Cuba, disse agora Gisela González, a patente da vacina permitirá a sua aplicação de forma maciça.
Fonte: Público
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